Transparência entre aspas
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Fonte: Daniela Drummond - Vigilantes da Democracia (28/06/2008)
Postado por http://www.facebook.com/sergio.braga.9 às 17:59
Blog do Grupo de Análise de Conjuntura Política do Núcleo de Pesquisa
3 comentários:
O tema é extremamente relevante. Um dos problemas recorrentes da política é a falta de prestação de contas por parte dos governantes. Quanto maior a publicidade das informações, mais difícil se torna a prática de corrupção e de outros desvios de conduta (manipulação do Orçamento etc). Mas, como já disse no comentário anterior, isto não é suficiente. Eu sou marxista (por parte de Groucho, Chico, Harpo) e aprendi com eles que "dados todo mundo têm". Ou seja, é preciso consultar e analisar os dados. Se os eleitores se mantêm apáticos sobre o processo político, as informações se perderão na imensidão da Internet.
Saudações
Em São Paulo, o governo estadual elaborou um projeto de Controle Interno das informações, abrangendo sistemas como o Prodesp e Fiesem/SP. Eis um trecho da conclusão do trabalho elaborado por um colega: "Existe falta de interesse da sociedade civil não apenas em cobrar a abertura, por exemplo, do SEI, mas também em aprender a lidar com os novos mecanismos informatizados colocados a sua disposição, tal o SIGEO. Basta citar que desde sua instalação, em 1998, e até 2002, pouquíssimas instituições da sociedade civil paulista pediram à Secretaria da Fazenda uma senha para acessar o sistema".
(Sanchez, Oscar Adolfo. "O poder burocrático e o controle da informação". Lua Nova, 2003, no.58, p.89-119)
Se este problema não for resolvido, a relação Estado e sociedade continuará a ser prejudicada pelo problema da "assimetria de informações".
Saudações
Caro Celso:
Só através de comentários do post para restabelecermos contato. Como sempre, seus comentários são pertinentes. Se possível, farei observações mais aprofundadas. Por ora, observo apenas o seguinte: (i) evidentemente, o mais importante é o tratamento dos dados inclusive porque todos sabemos que, inversamente ao que dizem os empiristas (Giannotti, FHC, Caio Prado Jr. etc. etc., o objeto do conhecimento é diferente do objeto real). Mas é sempre importante que tenhamos boas matérias-primas para construir o objeto do conhecimento -- ajuda muito; (ii) não concordo que não haja interesse da sociedade civil pelas informações disponibilizadas. Depende muito do tipo de informação e do segmento da sociedade civil. No "Portal da TRansparência" da ALEP, por exemplo, que é uma porcaria, houve mais de 10.000 acessos no primeiro dia. Há um certo interesse difuso sim, embora estejamos longe de estarmos numa ágora grega. Aliás, mensurar isso é um dos principais pontos da agenda de pesquisa sobre Internet, especialmente nos países europeus. Abraços,
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