Folclore tributário: a Carta de Puebla revisitada.
Por Guatimozin Filho. Segundo a Secretaria de Estado da Fazenda, existirá, caso a proposta seja aprovada, um déficit de aproximadamente 74 milhões nos cofres públicos, que deverão ser compensados através de outros ajustes para que o Estado não seja penalizado pela Lei de Responsabilidade Fiscal. A lei prevê a necessidade de equilíbrio em qualquer tipo de alteração nos dispositivos de arrecadação tributária. O principal argumento da oposição é o de que se as contas apresentadas pelo estado são, de fato, verdadeiras. Se todo esse movimento não é apenas mais uma manobra para aumentar a já elevada arrecadação do Estado. O projeto provavelmente será aprovado em plenário sem maiores problemas, dada a expressiva representatividade da bancada da situação. Porém, esta será a hora em que a coesão do "Velho MDB de guerra" na arena decisória será colocada em xeque, assim como a força de Roberto Requião, que, além de colecionar desafetos como coleciona armas, vem cultivando, diretamente de sua horta no Cangüiri, índices astronômicos de rejeição. E mais ativos que nossos eminentes parlamentares nessa briga, estão, de um lado, os supermercadistas, principais beneficiados pela proposta, e do outro, a indústria tabagista e cervejeira, os principais prejudicados. Quem sairá ganhando? Descobriremos quando as emendas e o texto final forem aprovados. E o povo, onde fica nesse debate? Pelo jeito, só no discurso.
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