segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Bush conseguiu ressuscitar Kennedy?

Os apelos de um anúncio televisivo do democrata Barack Obama dão sinais de um “humanismo” há muito esquecido na grande política dos EUA.



É verdade que são peças publicitárias (um único exemplo), empregadas para despertar emoções e paixões, distantes de uma política de governo propriamente dita. Seja como for, se chegar à presidência dos EUA e der alguns passos contrários à atual política externa norte-americana, terá dado alguma contribuição importante para o resto do mundo: retirar as tropas americanas do Iraque, amenizar os atritos com o Irã, assinar o Protocolo de Quioto, etc. Passos insuficientes, mas não desnecessários.
Com esse pequeno vídeo – veiculado, aliás, no intervalo comercial do SuperBowl, o horário televisivo mais caro do mundo – podemos começar a entender porque Obama lidera as intenções de votos entre os jovens.
Mais marcante é ainda quando vemos um vídeo da campanha de Hillary Clinton, sua oponente nas primárias do Parido Democrata.



É interessante pensar, com esses dois vídeos, em como a disputa eleitoral dentro dos partidos é perpassada por diferenças (ideológicas, programáticas) intensas.

Além de tudo, depois de assistir ao filme “JFK” e discutir um pouco o caso, é indubitável a lembrança que o B. Obama causa nos americanos... O André está mais do que certo ao afirmar que George W. Bush ressuscitou Kennedy. Desde JFK, nenhum "presidenciável" norte-americano deu sinais tão claros de defesa da paz, de desmilitarização e de uma inserção mundial menos "unilateral". Se Obama levar o caneco e implementar algumas mudanças substantivas, terá que cuidar para que a história não se repita.

4 comentários:

Lucas Iten Teixeira disse...

Passo contrário? O Obama será tão ou mais protecionista que o Bush. Se ele se eleger o Brasil será prejudicado, dado que ele já se manifestou contra a importação de etanol. Ademais, o Partido Democrata é tradicionalmente protecionista, embora a Hillary, até por ser intenectual, seja mais parecida com o McCain.

Bruno Bolognesi disse...

Milhares de questões sobre a política externa americana serão colocadas em pauta novamente. É um ritual que compele todos os governos com certa visibilidade, imagine o americano. Mas não há como negar, de BUSH para OBAMA existe avanço.
Um abraço,

Bruno Bolognesi disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Luiz Domingos disse...

Lucas,
no post eu me referi aos "passos contrários" do Bush no terreno das relações diplomáticas que envolvam o "mundo" de uma maneira geral. Uma postura menos belicista e intervencionista em território alheio e, além disto, um maior respeito aos acordos internacionais, sobretudo no que diz respeito ao meio ambiente.
Defender, sob a alegação de melhores benefícios econômicos para o Brasi, um candidato republicado 'continuísta' na guerra no Iraque e na política ambiental me parece um nacionalismo exagerado.
Aliás, no seu post "Equívoco do Reinaldo Azevedo...", você advoga justamente que as vantagens econômicas de um governo republicano ou democrata depende de diversos fatores circunstanciais...
Um abraço,