quarta-feira, 21 de março de 2007

Assembléias deixam a desejar, diz professor

Pesquisa ainda não publicada aponta que Minas tem o melhor site. Portal da Assembléia de Alagoas é o pior do Brasil, diz estudo.

Mariana Oliveira Do G1, em São Paulo

O cientista político Sérgio Braga, autor de diversas publicações sobre sites de casas legislativas, afirmou que os portais de internet das assembléias estaduais brasileiras “deixam a desejar” em relação à informatização e ao conteúdo oferecido.

Em pesquisa ainda não divulgada, Braga apresenta um ranking dos sites das assembléias: o portal da Assembléia de Minas Gerais é considerado o melhor e o da casa legislativa de Alagoas, o pior.

A pesquisa de Braga, professor de Ciências Políticas do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal do Paraná, será publicada pela Câmara dos Deputados nos próximos meses. Mas ele adiantou o ranking ao G1:



Entre os dados avaliados pelo professor Sérgio Braga estão: composição das mesas, ordem do dia, presença dos parlamentares na sessão, resultado das votações, agenda do presidente da Casa, perfil individual de cada parlamentar, filiações partidárias anteriores, declaração patrimonial e remuneração pessoal dos parlamentares, bem como suas principais propostas. Para o cientista político, a situação dos portais das assembléias é diferente da dos sites da Câmara e do Senado, considerados os melhores da América do Sul. “Os sites são mal organizados, faltam informações. O que não há é investimento em tecnologia”. Braga aponta que nem sempre os estados mais desenvolvidos estão entre os primeiros colocados, e citou o Rio de Janeiro e Paraná, respectivamente em 9º e 19º lugares.

“Em São Paulo, foi de seis meses para cá que implantaram biografia dos parlamentares”, citou o professor como exemplo.

“O eleitor precisa de informações detalhadas, se ele (o deputado) está ou não sendo presente. Há recursos tecnológicos baratos, mais baratos, por exemplo, do que imprimir toda a parafernália”, disse, em relação aos papéis referentes à sessão. Segundo Braga, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, os primeiros colocados, se destacam porque registram votações nominais, ao contrário dos demais.
Na avaliação de Braga, as casas legislativas estaduais precisam tomar mais cuidados com seus portais. “Muitos links dentro dos sites não abrem”, exemplifica. O G1 testou todos os sites das assembléias na sexta-feira (16) e cinco portais estavam fora do ar: Alagoas, Amapá, Paraíba, Rondônia e Santa Catarina.

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