tag:blogger.com,1999:blog-38516772.post286113598604961136..comments2023-11-02T12:35:00.542-03:00Comments on GAC - grupo de análise de conjuntura - nusp/ufpr: Mais uma do porão teatralescoLuiz Domingoshttp://www.blogger.com/profile/10828106280826428629noreply@blogger.comBlogger2125tag:blogger.com,1999:blog-38516772.post-33281840134875220342008-03-22T17:47:00.000-03:002008-03-22T17:47:00.000-03:00Lucas,Você tem razão em diversos pontos. Porém não...Lucas,<BR/><BR/>Você tem razão em diversos pontos. Porém não acho que a ciência, a filosofia ou outras produções adjacentes devam estar desvinculadas da vida cotidiana. Neste ponto concordo com Durkheim, a ciência deve servir sim para intervir na realidade.<BR/><BR/>A posição de "intelectual de gabinete" me deixa um pouco incomodado por dois motivos: a inércia e a impossibilidade de "intervir" na realidade de fato. E eu, particularmente, não sou das pessoais mais ativas politicamente.<BR/><BR/>Sim, eu tenho certa implicância com o teatro e com toda a classe artística. E não ouso fazer nenhum paralelo entre a ciência e o teatro, ou qualquer outra atividade de cunho puramente subjetivo e apaixonado. Mas a lógica de autonomia dos campos não pode ser aplicada à risca, a auto-regulação dos mesmos não tem sido um caminho promissor. É preciso sim que o mérito seja avaliado dentro e fora do campo em questão.<BR/><BR/>Da mesma forma acredito na autonomia da ciência e da regulação do campo pelos pares. Porém prioridades devem ter sua parcela de relevância. Não é aceitável (não como pesquisador, mas como contribuinte) que se destine dinheiro público para atividades lúdicas, quando temos outras que carecem de mais e melhor investimento.<BR/><BR/>Mais uma vez, a autonomia das regulações e das atribuições de cada organização política, como você citou, deveria, em minha opinião, estar subjulgada a questões mais amplas e que tivessem decisões mais fundamentadas e menos pedestres.<BR/><BR/>O seu último parágrafo é o resumo de tudo. Concordo em gênero número e grau. Mas não podemos pois presumir que toda atividade desmedida é fruto da má adminstração pública. Não me parece possível que qualquer grupo de interesse não tenha consciência de suas reinvidicações para a vida prática e para a realidade brasileira.<BR/><BR/>Espero ter esclarecido alguma coisa. <BR/><BR/>No mais, em pesquisa de opinião recente foi revelado que ingleses e argentinos gostam muito mais de futebol do que os brasileiros.Bruno Bolognesihttps://www.blogger.com/profile/00500850783753752084noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-38516772.post-62772469249182594962008-03-21T13:10:00.000-03:002008-03-21T13:10:00.000-03:00BrunoGostaria de polemizar com o conteúdo de sua p...Bruno<BR/><BR/>Gostaria de polemizar com o conteúdo de sua postagem. Trata-se, a meu ver, de uma apreciação um pouco apressada acerca da produção teatral em si, e, o que parece ser mais complicado, sua postura revela certa implicância que coloca em pauta a nossa própria condição de analistas de conjuntura. Explico-me: na observação cotidiana da conjuntura política valemo-nos de instrumentos e ferramentas forjados nos cânones do conhecimento científico. A perspectiva que informa-nos, portanto, deve estar amparada em um conjunto de saberes cuja produção é absolutamente indiferente à vida dos contribuintes. Por esse motivo, um dos fundamentos da ciência moderna é a autonomia universitária, do que segue que a avaliação do mérito e definição do que é pertinente em matéria de ciência, são atividades exercidas por cientistas, segundo critérios definidos pela ciência moderna. As disputas por posições privilegiadas nesse universo não levam em conta a fome do povo; ora, porque a atividade artística teria de ser diferente?<BR/><BR/>Conquanto que o teatro, o cinema, a literatura, e porque não, a filosofia, não sejam considerados como atividade de recreação e lazer da polis, seu exercício deve ser regulado por regras especificas a cada campo. Sugerir que os diferentes níveis da organização política devam se abster do financiamento e da regulação da produção cultural, a meu ver, é equivalente a confundir a função do Ministério de Ciência e Tecnologia com a do Ministério dos Esportes, já que, e acho que aqui não há dissenso, o Brasil é o pais do futebol.<BR/><BR/>Resumindo: a corrupção e o mau uso do recurso público não decorrem da existência da atividade artística, mas pelo contrario, são um efeito da falta de instrumentos para sua regulação, segundo os seus próprios critérios.<BR/><BR/>Um abraço<BR/>LMLucas Massimohttps://www.blogger.com/profile/17507863808223238088noreply@blogger.com